Trabalho x maternidade

Pisquei e minha filha completou 4 meses!!! Parece que foi ontem que eu a peguei nos braços pela primeira vez... e cá estamos, registrando mais um mesversário! Minha bebê está crescendo – e o amor só aumentando! Às vezes chega a doer o coração de tanto que eu a amo! Mas o post de hoje é pra sanar a principal curiosidade do momento: Camila, você vai voltar a trabalhar? E a Annalise? Pois bem, senta que lá vem história!

Minha licença-maternidade termina oficialmente no próximo domingo e, com isso, era pra eu retornar à Burberry na segunda-feira, dia 18. Porém, depois de muito pensar (e com o apoio do marido), decidi dar uma pausa no trabalho por um tempo. Motivos não me faltam: não tenho familiares por perto aqui nos EUA para ficar com a Lise enquanto eu estivesse fora; uma babá me cobra mais por hora do que eu ganho como vendedora de loja; e creche é caríssima para bebezinhos (não existe escolinha pública; só particular), então o meu salário iria praticamente todo para pagar alguém pra cuidar da minha filha. Aí, qual a vantagem???

Além disso, o outlet fica a 40 minutos da minha casa, então também tem esse deslocamento (fora as 9h de trabalho), sem falar que aos sábados e domingos raramente tenho folga. Poxa, eu esperei 34 anos para ser mãe e agora vou terceirizar a criação da minha filha tão pequena? Não, não vale a pena.

Então, após ponderar tudo isso, pedi as contas e estarei de fato desempregada na semana que vem (apesar de que não recebo nada desde janeiro). É claro que o dinheiro que eu ganhava vai fazer falta, porém eu sou controlada e já venho maneirando nas compras. Entrarei na época das vacas magras, ou seja, o que é supérfluo vai ficar para depois (talvez eu abra exceção apenas para as coisas da Annalise, pois às vezes não resisto, haha). Minha ideia é ficar em casa até que ela complete uns 2 anos – imagino que com essa idade ela já estará andando e falando, o que me tranquiliza para deixá-la com outra pessoa.

Tem gente que pode encarar isso como um privilégio meu, porém a verdade é que é financeiramente inviável retornar ao meu emprego. Se eu tivesse outra profissão aqui nos EUA, com um salário alto, é óbvio que minha decisão seria diferente. Não é o caso. De qualquer maneira, eu me conheço e sei que tentarei pegar uns bicos de vez em quando pra ganhar um dinheirinho.

Mas a prioridade mesmo é estar com a minha filhota, acompanhando seu crescimento e desenvolvimento. Me enche de orgulho cada barulhinho/habilidade que ela aprende – tipo se esforçar para ficar sentadinha ou dar risadinhas fofas quando mandamos beijo! São pequenos avanços que, aos olhos de uma mãe babona como eu, têm um significado imenso!

E agora que está maiorzinha estamos saindo mais de casa (mesmo que ela chore quando a colocamos no car seat, rs). Tem sido tão bom pra mim fazer esses programas em família – seja ir num mercado, num restaurante, visitar amigos ou só dar uma volta numa cidade vizinha pra curtir a paisagem. Quero mostrar o mundo pra ela, guiando seus passos e servindo de exemplo/inspiração!

Porém, nem tudo são flores! Do terceiro para o quarto mês tivemos vários momentos tensos por aqui. Sempre ouvi dizer que a cólica passava com 3 meses, então qual não foi a minha surpresa quando a da Lise começou neste período? Lembro que ela só queria meu colo e chorava bastante por conta dos gases (até cheguei a comprar aquele famoso remédio Colic Calm – que no fundo nem sei se resolveu). Achei este período bem difícil – quase tão difícil como quando era recém-nascida.

Mas o engraçado é que tudo muda de repente. Bebês são realmente imprevisíveis! Um dia ela quer que eu a carregue de um jeito, logo depois reclama e prefere outro. Numa semana ela dorme bem na madrugada, na outra passa a acordar várias vezes... E pode ser coisa da minha cabeça, porém reparei que basta eu comentar com alguém algo de bom que a Lise está fazendo (tipo dormir a noite toda, pra alegria da mamãe aqui) que o mundo vira de cabeça pra baixo e ela se transforma completamente. Seria “olho gordo” pra cima da minha filha, kkkk? Uma amiga mandou um trecho do livro “60 dias de Neblina” que fez muito sentido pra mim:

De resto, vamos levando... Eu sei que fui abençoada com uma bebê saudável e feliz, então por mais dificuldades que eu enfrente devo agradecer muito a Deus por essa dádiva! E que venham os próximos meses – em breve entraremos na fase da introdução alimentar, aí eu quero ver o bicho pegar pro meu lado, haha! Beijos e até o próximo post!

Comentários

  1. Parabéns pela decisão, amiga! Com certeza você melhor do que ninguém, pode ponderar os pros e contras e avaliar o que é melhor. Com certeza vai ser muito bom você poder ficar mais tempo dedicada à bebê. Achei bastante doloroso quando eu voltei a trabalhar o dia inteiro e "deixar" meu bebê de 4 meses. Me dói até hoje a lembrança rs.
    Não entendi porque você disse que não recebe salário desde janeiro. A licença maternidade não é remunerada?
    Ah, e os bebês mudam toda hora mesmo! São fases diferentes vindo em sequência e num curto espaço de tempo...é uma loucura, né?
    A Annalise está cada dia mais linda. Parabéns!

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    1. É bom por aí, amiga! Eu sei que foi a decisão mais acertada, porque pagar pra trabalhar não vale a pena!
      Sobre a licença, eu fui remunerada sim, mas depois de um certo período eu posso continuar afastada e com o emprego garantido, mas sem receber. Então no fim acho que recebi salário por 4 meses e fiquei mais 1 e meio sem... Fazer o que, né?!
      Obrigada pelo apoio e elogios à minha pequena! Beijossss

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