Maternidade: os desafios dos 3 primeiros meses

Três meses se passaram desde que minha bebê nasceu e este período foi como uma montanha-russa pra mim, com seus altos e baixos. Já escrevi vários posts sobre maternidade, pois descobri que gosto de compartilhar minha (ainda que pouca) experiência com o assunto. Acho importante que nós, mães, nos unamos e não julguemos umas às outras. Sororidade deveria ser a palavra de ordem entre as mulheres! Porém, na prática, a situação é diferente.

Quando eu falei aqui sobre o desafio da amamentação, não estava pronta para dividir com o mundo a mais difícil decisão: a de complementar as mamadas com leite artificial. Eu havia colocado um peso sobre as minhas costas de que caberia somente a mim alimentar a Annalise e tinha receio das pessoas me acharem uma péssima mãe por introduzir a fórmula. Acontece que, infelizmente, só produzo leite em um dos seios e ele não dá conta de saciá-la. Por causa disso, no início, sofremos bastante para recuperar o peso que ela perdeu após o nascimento (o que é normal ocorrer) e a pediatra me orientou a entrar com a fórmula. Foi uma decisão acertada, afinal, a saúde e o bem-estar da minha filha deveriam vir em primeiro lugar.

Porém, mesmo assim, fui julgada. Por mim mesma, por pessoas próximas e até pela consultora de lactação, que me olhou horrorizada quando eu disse que estava dando o leite artificial. Fiquei arrasada, me sentindo um lixo. Chorei horrores. Hoje, lembrando de tudo e ainda conseguindo amamentar após 3 meses de muita insistência (e às vezes ainda com dor), eu me considero uma vencedora. Parecia algo impossível no começo, tanto que eu “comemorava” cada dia que ela pegava o seio, mantendo esse nosso laço. E apesar de eu ser muito reservada em se tratando de expor meu corpo, resolvi postar a foto abaixo (de pijama e toda descabelada após acordar, bem vida real) porque ela simboliza a minha vitória até aqui.

Além disso (e como já contei antes), eu também faço a extração do meu leite com a bomba elétrica, pois assim sei exatamente quantos mililitros a Annalise está ingerindo para poder crescer e se desenvolver (a questão da perda de peso após o nascimento foi traumática pra mim). Então, toda mamada ela consome leite materno mais a fórmula se ainda estiver com fome. Poderia ter desistido diante das dificuldades (e nada contra quem não prosseguiu com a amamentação, pois sei que flui facilmente apenas para a minoria das mulheres), mas faço o que eu posso, dando o meu melhor pra ter uma filha saudável e feliz.

A novidade agora é que ela está enfrentando a tal “crise dos 3 meses”, período em que os bebês costumam encurtar as mamadas no peito. Antes a Annalise ficava cerca de meia hora, depois caiu para 20 minutos, depois para 15 minutos e teve um dia que mamou por 6 minutos somente. Comecei a ficar com a pulga atrás da orelha e vi na internet que é normal pela fase que está vivendo.

Simultaneamente ela está novamente com assadura (a pele dela é muito sensível e, devido ao inverno, fica ainda mais ressecada) e semana passada, pra completar, pegou do papai seu primeiro resfriado. Teve gente falando que ela ficou assim por causa das fotos na neve que tirei e postei nas redes sociais, mas a pediatra explicou que frio não causa resfriado – e sim contato com vírus/bactérias/germes e afins. 

De qualquer maneira, me partiu o coração vê-la com o nariz congestionado e escorrendo, sem falar na tosse! Ela ficou toda borocoxô... só queria meu colo! Teve uma noite que chorou por horas seguidas e só foi dormir depois das 3h da madrugada. Como minha bebê é boazinha, fiquei preocupada, pois este comportamento dela foi atípico. Acho que juntou muitas mudanças ao mesmo tempo. 

Falando em sono, ela – que costumava dormir até que bem – ultimamente tem acordado mais durante as madrugadas, então imaginem minha exaustão. Aí, durante o dia, tenho sentido falta de contar com alguém para me ajudar, principalmente na hora de tirar leite. Se a Annalise está acordada, preciso “rebolar” pra entretê-la nesses 30 minutos. Procuro sempre me programar para que ela esteja alimentada e limpa antes de eu sentar pra fazer isso, mas mesmo assim às vezes ela não se contenta em ficar no tapetinho nem na cadeirinha... Também não consegue dormir sozinha e só meu colo resolve – o que é inviável quando a bomba está fazendo a extração.

Por isso que eu passei a amar ainda mais os finais de semana, pois com o marido em casa tudo fica mais fácil. Ele dá mamadeira, troca fralda, brinca... Tanto é que eu tenho aproveitado para dar umas escapulidas, saindo sozinha por pelo menos uma hora para espairecer. Preciso desse tempo pra ver outras caras, outras paisagens. Cansa ficar em casa de segunda a segunda, 24h por dia, fazendo sempre as mesmas coisas. Aí aproveito para ir a lojas ou supermercados comprar algo que estamos precisando. E me faz super bem! Até fotografei o look que usei no último domingo para bater perna antes que voltasse a nevar:

A pediatra até me recomendou passear mais com a Annalise agora que ela já tomou as principais vacinas (para manter também a minha sanidade mental), porém até o momento só saí com ela para dar umas voltinhas no quarteirão com o carrinho (e quando não estava nevando, é claro). De carro mesmo eu evito ao máximo, pois ela odeia o bebê conforto e chora quando a coloco nele.

Acredito que devagar essas coisas vão se acertando e outros problemas virão. Afinal, já entendi que a maternidade é como videogame: quando você acha que matou o chefão, descobre que na verdade só passou de fase, kkkkk! É isso, meu povo! Desculpe o post gigantesco – é que eu tinha muito a desabafar, rs! Se você é mãe, tem algum bom conselho pra me dar? Deixa nos comentários que vou adorar! 😊

Comentários

  1. Um conselho que vc já deve ter recebido, é para viver um dia de cada vez.... tudo isso vai passar. Mentalize esse mantra! rsrsrs. Conforme ela for crescendo, as dificuldades vão diminuindo (umas acabam mesmo, outras amenizam, mas tb surgem novas). Sou mãe de uma menininha que agora tem 2 anos... Os primeiros meses tb foram mto difíceis, mas passaram! Boa sorte pra vcs!

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    1. Pois é, eu sei que vai passar..! Na verdade, eu até acho que minha filha me dá pouco trabalho, mas não deixa de ser cansativo e às vezes angustiante, né?! Obrigada pelo apoio e incentivo!! Td de bom pra vc e sua filhinha tb! 😙

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