Como foi a introdução alimentar da Lise

Na verdade, acho que o título deste post deveria ser “como está sendo” o processo de Introdução Alimentar, já que toda semana minha filha experimenta algo novo e ainda temos um longo caminho a percorrer com a alimentação dela. Mas, vou contar pra vocês como foi o inicinho de tudo! 

Eu pesquisei sobre IA e os vários métodos de apresentação dos alimentos sólidos aos bebês. Então, junto com o marido, optamos pela clássica papinha, mas sem misturar diferentes ingredientes para que a Annalise pudesse sentir o gosto real do que estava comendo. Sei que a técnica BLW (Baby-Led Weaning) está na modinha e bombando nas redes sociais, porém não me senti segura para oferecer frutas e vegetais em pedaços, pois tinha medo dela engasgar sendo tão pequena (quem sabe mais pra frente eu tente)...

Aí, durante a consulta de 6 meses com a pediatra, ela nos deixou livres para começar a IA com qual alimento desejássemos. Como tínhamos banana em casa, o marido amassou bem com um garfo e qual não foi nossa surpresa ao ver o interesse da Lise pela fruta – ela comeu tudo o que colocamos em seu pratinho! Morri de orgulho! 

A pediatra apenas nos orientou a dar o mesmo alimento por 3-4 dias para observar possíveis reações alérgicas. E adivinhem o que aconteceu? Como a Lise tem a pele muito sensível (puxa a mamãe aqui), no dia em que comeu abacate (que detestou, por sinal) apareceu uma vermelhidão ao redor da boca e ela coçava sem parar a região dos olhos. Gente, que dó da minha menina! Ficamos agoniados: seria culpa da banana? Do abacate? Ou uma reação às vacinas que ela havia tomado na semana anterior? Pais de primeira viagem sofrem, rs!

Voltamos na pediatra e ela constatou que era eczema – uma dermatite de contato que a Lise já tinha no corpo, mas que agora afetara o rostinho dela. Aí prescreveu um creme que só piorou a situação. Lembro que foram dias difíceis – porque vai falar para uma bebê de 6 meses que ela não deve se coçar..! Os olhos ficaram inchados, nossa, uma judiação! Mas aos poucos fomos testando outros cremes e a alergia diminuiu, graças a Deus! 

Apetrechos

Na época, tive dúvidas sobre o que deveria comprar de utensílios para a IA, então acabei pegando o básico: babadores de poliéster da Carter’s/Skip Hop (pois são fáceis de lavar e em questão de horas estão secos), pratinhos simples, porém coloridos (que uma amiga havia comprado e deixado em casa), o cadeirão portátil (que eu mostrei em detalhes neste post), colherzinhas de silicone da Munchkin (pra não correr o risco de machucar a gengiva), copinho de água da Nuk (cujas alças estimulam a autonomia dos bebês) e o item mais sensacional de todos – e que eu nem sabia que exista – foi esta “chupeta” pink de redinha roxa (também da Munchkin) indicada para colocar frutas! A Lise se deliciou segurando e chupando laranja, mirtilo, melancia e uva! Super recomendo, pois este alimentador impede que pedaços grandes ou sementes passem pela rede, diminuindo o risco de asfixia. 

O recomeço

Por conta da eczema, a gente parou por alguns dias de dar comida pra Lise na tentativa de descobrir qual era a causa da alergia. Retomamos aos poucos e desde então estamos caminhando bem. Percebemos que ela prefere a textura de purê – tanto que quando demos cenoura cozida e ralada ela odiou (e até vomitou). Minha filha definitivamente gosta do que é doce – e isso é algo que eu faria diferente caso tenha outro filho: começaria com alimentos mais azedos/amargos, pois assim a chance de rejeitar é menor, já que ainda não conhece o sabor adocicado. 

Acredito que isso foi uma falha da pediatra da Lise, que poderia ter nos aconselhado melhor. Porque a verdade é que a IA gera muitas expectativas nos pais e é comum que o bebê não as corresponda, comendo menos do que o esperado e recusando muitos alimentos. Tanto é que, quando isso ocorreu, fiquei desapontada, pensando o que deveria fazer pra que a Lise aceitasse a bendita cenoura e o abacate. Me senti perdida, sem um norte a seguir, e na internet você encontra todo o tipo de dica: desde sites sugerindo para bater no liquidificador até virar uma sopinha, até outros aconselhando o oposto dar cada alimento em sua forma pura.

Além disso, claaaro que tem ainda os palpiteiros de plantão. As pessoas me pedem uma lista do que minha filha já comeu e ficam falando que agora com 7 meses ela tem que fazer não sei quantas refeições por dia, que tem que mamar menos e consumir outras substâncias, mas o recomendado é que o leite seja a principal fonte de nutrientes até os 12 meses das crianças – isso sim é o mais importante!

Então, eu sigo respeitando o tempo da Lise para absorver tantas novidades, pois acredito que esta é uma fase de aprendizagem e experiência com as comidinhas. Quero que ela desenvolva uma boa relação com os alimentos e que seja um prazer sentar-se à mesa. Não, não tenho pressa para que ela devore todas as frutas e legumes do mercado. Num mundo tão cheio de (des)informações, tô aprendendo que preciso escolher bem a quem dou ouvidos nesta jornada transformadora que é a maternidade.

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