Meu chá de bebê no Brasil

Engraçado o quanto se paga a língua ao longo da vida, rs..! Eu, por exemplo, nunca liguei para aqueles eventos tradicionais que a mulherada costuma fazer quando vai casar: chá de cozinha, de lingerie ou chá bar, muito menos tive despedida de solteira. Então, agora grávida, nem cogitava de fazer um chá de bebê (principalmente porque odeio aquelas brincadeiras de pintar a gestante, afff).

Porém, com a viagem ao Brasil, comecei a ponderar sobre o assunto. No final, seria uma oportunidade de reunir a família e amigas mais próximas em um lugar só, de ter uma linda recordação para o meu bebê e, principalmente, de registrar este momento único ao lado dessa gente que me quer tão bem! É como resumiu uma das minhas comadres: se Deus nos deu motivo para celebrar a vida, que comemoremos! Até porque eu não moro mais em Itatiba nem vejo essas pessoas com frequência; também não devo voltar tão cedo à terrinha, pois pegar avião com criança não é nada fácil, ainda mais quando se mora longe como eu (são, no mínimo, dois voos e mais de 24h viajando).

No entanto, ao correr atrás dos fornecedores, fui vendo como tudo está absurdamente caro no Brasil e quase desisti. Tinha na cabeça uma ideia de como gostaria que fosse este meu evento, mas os orçamentos que recebi me fizeram cair de costas. Não, não caberia no meu bolso o baby shower dos sonhos e das ricas do Instagram, rs. Então, baixei as expectativas e organizei algo mais simples e íntimo para aproximadamente 25 convidados. O menu foi no esquema “chá da tarde”, com folhados, sanduíches, pão de queijo, minicarolinas e bolo de cenoura, pois estava com desejo. Encomendei docinhos e fechei a decoração com o tema de urso na cor verde-água/ azul Tiffany, já que ainda não sei o sexo do bebê. Nada luxuoso, mas tudo feito com muito carinho. 

Hoje, vejo o quanto valeu a pena! Todo mundo feliz por mim que eu me senti amada de um jeito inesquecível. O que uma gravidez não faz, né? As futuras vovós também estavam esbanjando alegria com a chegada do primeiro(a) neto(a). 

Mas, pra mim, a foto mais especial é esta abaixo ao lado da minha avó, minha mãe, minhas tias e primas (sim, somos em muitas mulheres, hehe)! É daquelas que merecem um porta-retrato, sabem? Eu sou muito apegada a elas e já me dá um aperto no coração ao pensar que meu filho(a) não conviverá tanto com a minha família por conta da distância... 

Já sobre o look escolhido, digamos que as opções eram limitadas, rs. Esfriou bastante no dia, porém eu já tinha separado na mala um vestido longo estampado, com decote ombro a ombro, que achei que seria perfeito para a ocasião. Algo leve, feminino e que comportasse a barriguinha de 18 semanas (4 meses e meio). 

Coloquei uma rasteirinha para que o vestido cobrisse completamente meu pé (comprimento que considero ideal, quase arrastando no chão) e finalizei com brincos dourados de flores e uma beeeela maquiagem (com direito a cílios postiços, haha)! Fui num salão para escovar o cabelo e fiquei super satisfeita com o trabalho da cabeleireira – saí de lá me sentindo gata, haha! Ah se eu soubesse me maquiar assim... 

Bom, agradeço a todo mundo que esteve presente no chá (principalmente aquelas pessoas que vieram de outra cidade) e peço desculpas para quem eu não pude convidar e/ou não consegui rever em Itatiba. Duas semanas foram pouco tempo para encontrar tanta gente querida – sem falar que fiquei doente e indisposta, o que acabou atrapalhando minhas andanças. 

Agora, me atrevo até a deixar um conselho para as gravidinhas: façam mesmo essa festa! É um gasto extra – considerando que temos todo um enxoval para preparar –, porém é um daqueles momentos na vida que não voltam! A gente pode até ter outros filhos, mas a primeira gestação é especial e, no final, restará uma lembrança maravilhosa de amor para a mãe e seu bebê! 💖

Crédito das imagens: Lucas Selvatti

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