Porque reformar vale a pena

É impressionante como o comprimento certo faz toda a diferença no visual. Desde 2012 eu tenho a calça verde de linho do look de hoje, mas ela estava encostada no armário porque tinha algo que não encaixava. A cor? Não, eu gosto de verde. O tecido? Não também, porque apesar de amassar fácil ele é bem confortável. 

Experimentei e, ao observar com calma os detalhes, finalmente percebi: o comprimento – muito ingrato, por sinal – estava me incomodando. A calça era curta para usar com rasteirinhas ou sapatilhas, porque a barra terminava pouco abaixo do tornozelo, mas não cobria o peito do pé. Com salto, parecia que a situação não ficava tão ruim, porém também não era nem de longe a ideal.

Problema constatado = problema resolvido! Achei uma costureira no shopping daqui e lá fui eu pedir para tirar uns três dedos do comprimento. Nossa, adorei o resultado, porque ganhei uma nova calça cropped (é legal deixar o tornozelo à mostra para dar a sensação de que toda a perna é fina).

Claro que a solução mais rápida e cara seria simplesmente descartá-la e comprar uma nova. Entretanto, além de menos onerosas, essas pequenas mudanças são capazes de transformar uma peça por inteiro, deixando-a com a cara da estação. Esta é uma das dicas da Consultoria de Imagem & Estilo: adaptar roupas até então esquecidas ao estilo e tipo físico da cliente, sem precisar gastar muito tempo e dinheiro.

Bom, assim que peguei a tal calça já fui logo colocando-a para usar novamente. Montei uma produção de alto contraste: o verde com a estampa de onça. Afinal, amo animal print e fica chique combinar com cores vivas. 

O blazer, que funcionou como a terceira peça, deixou o look muito mais elegante e sofisticado, já que por baixo estava usando uma t-shirt bege (peça mais despojada), cuja mensagem escrita harmonizou com a onça pelas cores em comum. Mix de estampas: como eu te amo!

A estreia da vez foi o colar dourado de correntes, que garantiu um ótimo acabamento na gola da camiseta.

Para finalizar, a clutch nude – justamente por ser discreta, pois o visual já tinha informação suficiente.

Ah, estava esquecendo de falar sobre o calçado! Como a calça é mais curta e pode achatar a silhueta (o que não me incomoda), optei pelo scarpin também nude para se confundir com o tom da minha pele. É assim que a gente faz quando uma peça não nos favorece, mas queremos usá-la: compensamos o “problema” com algo que fique bem e equilibre com nossa estrutura e formato de corpo. Tudo é truque nesta vida!

Resgatei um look com a antiga calça. Fez uma bela diferença e, na verdade, até me senti mais magra com este comprimento!

Enfim, queria compartilhar com vocês os benefícios de pequenas reformas. Lembro que quando estava fazendo a mala da viagem ao Brasil separei algumas peças que precisavam de ajustes, pois o serviço de costura aqui nos EUA é caro (paguei 17 dólares para fazer barra num calça de moletom do marido e achei um absurdo! Era moletom, afinal). 

Pedi para a minha ex-costureira apertar blusas e fechar bolsos de bermudas, pois ficavam abertos e aparecia o forro. Com certeza valeram muito a pena, pois agora o caimento está perfeito. Então não se esqueçam desta dica e procurem no armário aquelas roupas que podem ser salvas com uma leve reforma. O resultado pode ser surpreendente!

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