O que mudou depois do curso de estilo

Estes dias me peguei pensando no quanto eu estou diferente desde que fiz o curso de Consultoria de Imagem & Estilo, em 2011. Claro que amadureci e minha vida deu uma reviravolta com a mudança de país, mas sinto que ele foi o pontapé para as mudanças (positivas) que viriam a ocorrer num futuro próximo. 

Sempre enxerguei a moda como algo inspirador. Cresci lendo a revista Manequim (minha mãe era assinante) e quando criança aprendi a costurar fazendo roupinhas para as minhas Barbies com retalhos de uma malharia que ficava perto de casa. Como gostava de escrever, optei por cursar Jornalismo na faculdade, mas anos depois decidi investir neste universo fashion que tanto me encantava. Até que, olhando as opções de cursos livres no Senac-Campinas, vi o de consultoria e na hora me identifiquei com a proposta – que era a de promover alterações no próprio visual e também no de outras pessoas (assim que passasse a atuar como consultora). Naquele momento não pensei em seguir carreira; apenas me aprofundar em algo que realmente me dava prazer. 

Lembro que no primeiro dia de aula a professora pediu que cada aluno se apresentasse e falasse porquê tinha se matriculado. Minha resposta foi que eu queria ser mais ousada, pois estava cansada de usar tudo combinandinho. Não acho que eu me vestia mal, porém a gente sempre pode melhorar, né? Pouco a pouco fui me apaixonando pelo conteúdo, abrindo os olhos para a importância da qualidade das peças (em termos de tecido, acabamento e caimento) e entendendo que cada elemento do meu look – além do seu papel funcional – contava um pouquinho sobre quem eu era: uma pessoa alegre, comunicativa e criativa. Sim, nossas roupas/calçados/acessórios comunicam ao mundo um pouco da nossa personalidade.

Ao longos dos meses fui mudando minha relação com o guarda-roupa e com o espelho, já que o curso me forneceu ferramentas para que eu colocasse pra fora a melhor versão de mim mesma. Me deu segurança e autoconfiança, curando boa parte dos meus problemas com autoestima (quem nunca sofreu com bullying na infância e adolescência, né?). Percebi que todo mundo tem defeitos e que eu tinha que aceitar e ser feliz com os meus. Que o importante não era ser alta e magra, mas sim saber jogar a meu favor. Aí, pela primeira vez na vida, me senti empoderada – e isso refletiu na minha aparência, pois comecei a construir looks que realmente me representavam e as pessoas ao meu redor – surpresas com minha “transformação” – sempre me elogiavam. 

Então, uma das principais mudanças foi me libertar dos julgamentos alheios e entender que moda não rima com medo, e quem tem medo não muda, não se transforma. Que de fútil ela não tem nada; pelo contrário – é uma potente forma de expressão, com consciência e significado, que vai além do vestuário. Então, passei a ser uma pessoa mais “porosa”, ou seja, alguém aberta a novas possibilidades, permitindo que o novo entrasse na minha vida.

Consequentemente, desde 2011, meu estilo evoluiu: se logo após o curso eu mergulhei de cabeça no mix de estampas e de cores (pois aprendi como fazê-los através de técnicas seguras, multiplicando e versatilizando meu acervo), atualmente eu vivo uma fase mais tranquila. Por isso que venho dizendo nos posts que estou “minimalista”, pegando leve nas combinações de peças chamativas por si só. Também constatei que naquela época usava mais saias midis e longas, ao passo que hoje estes modelos estão encostados no armário. Não se trata de “certo” ou “errado”, mas sim do que tem a ver comigo agora, considerando minhas necessidades e expectativas individuais.

Descobrir o estilo pessoal é um processo de autoconhecimento. É preciso experimentar, testar, treinar o olhar – o que exige dedicação, esforço e atualização. Claro que contratar uma consultora é o jeito mais fácil e rápido, pois temos instrumentos que entregam resultados assertivos. Entretanto, para quem ainda não quer fazer este investimento, tem dicas boas neste post

Encerro com a recomendação de outros textos que valem a pena serem relidos, com temas que vira-e-mexe geram dúvidas na maioria das leitoras:


Espero que vocês tenham gostado desta minha reflexão e nos vemos novamente na semana que vem!

Comentários

  1. Belíssimo post! Lacrou!!! Adorei.

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    1. Ebaaaa, fico contente de saber que você curtiu, Aline! Beijão e obrigada pelo comentário, amiga!

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