Mistura de estilos

Li uma matéria pra lá de interessante na revista Elle deste mês sobre a “Era dos Extremos”, que comparava as tendências antagônicas da moda: o minimalismo clean (“menos é mais”) e o maximalismo opulento (“mais é demais”). Para mim, ficou claro que hoje ninguém precisa escolher de qual lado quer ficar. A mulher pode ser uma nova pessoa a cada dia por meio de roupas e acessórios diferenciados. Daí que vem a importância da imagem (e qual mensagem que você quer passar). 
Mistura de estilos? A consultora Ana Vaz domina com perfeição. Este é o look mais lindo dos últimos tempos (na minha opinião)
A diretora de tendências do portal Stylesight, Jamie Thomas, definiu bem essa nova proposta: “a expressão pessoal é a chave da temporada, seja ela minimal durante o dia e rebuscada durante a noite. Ambos os lados podem conviver no guarda-roupa de uma única mulher”. 

Isso tem muito a ver com meu trabalho de Consultora de Imagem & Estilo. Ao analisar o guarda-roupa da cliente, identifico quais são seus principais estilos (sim, porque ninguém tem um único estilo. Em média, a pessoa transita entre três “grupos”), a fim de ajudá-la a se encontrar e norteá-la para as futuras compras, evitando gastos desnecessários com peças que nada têm a ver com ela. Sabe aquela roupa linda que você amou na loja, mas nunca conseguiu usar e está no armário ainda com etiqueta? Pois é.... provavelmente ela não corresponde aos seus estilos.
Uma única produção contém referências de vários estilos
E todo mundo tem estilo, porque ele é a marca da pessoa, refletindo a personalidade e dizendo ao mundo quem ela é. Analisando superficialmente, acho interessante notar que a maioria esmagadora das minhas clientes tem um pouco do clássico – principalmente nas formas (cortes retos). A pessoa que tem este estilo não gosta de atrair a atenção, principalmente pelas roupas; opta pela durabilidade das peças (e assim tem pouco interesse pela moda); adora um look coordenado e polido e é discreta na combinação dos acessórios e maquiagem.

Conforme a consultora Ana Vaz, nosso conceito de roupa de trabalho está associado ao estilo clássico, baseado na simplificação do guarda-roupa masculino (lá nos séculos XVIII e XIX), e é por isso que combinar faz sentido neste contexto, já que a pessoa deve passar uma imagem de alguém confiável, estável e maduro. O problema aqui é que ao mesmo tempo pode aparentar conservadorismo e rigidez.
O look de Ana Vaz prova que o clássico não precisa ser chato
Então, o interessante é poder se aventurar em outras tribos (esta foi a maior lição que a Consultoria de Imagem me proporcionou), não ficando presa a uma caixinha e se libertando um pouco dos modismos e do “tem que ter”. Sou super favorável à compra de peças que estão em alta na temporada para atualizar o look (e não ficar com uma imagem de quem parou no tempo), mas não concordo com quem renova boa parte do guarda-roupa a cada estação e só vive de seguir o que está na moda (e se não estiver mais, é descartado).

Tudo o que adquirimos deve ser comprado porque nós gostamos e nos sentimos bem usando-o, não só para mostrar que acompanhamos as tendências. Isso é ter personalidade e atitude!

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