Dicas para compras no Bom Retiro (SP)

Minha veia consumista não me deixa mentir: eu adoooooro uma pechincha! Sinto prazer em garimpar peças legais a preços acessíveis. Por isso, decidi republicar (e atualizar) um post que escrevi anos atrás para o blog de uma amiga sobre o Bom Retiro, em São Paulo. Eu costumava fazer compras na Rua José Paulino – referência para muitos lojistas – ao menos duas vezes por ano (geralmente no inverno e no verão) quando morava no Brasil. 

Então, quem tiver a oportunidade de dar um pulinho na Zepa (como eu carinhosamente chamo a rua), o passeio vale a pena. Por minha causa, muitas amigas passaram a ir lá também com frequência, já que é possível encontrar peças de qualidade a um preço digno do bolso das trabalhadoras assalariadas. 

Acumulei tanta experiência no assunto que montei um guia com importantes dicas para que o dia seja proveitoso ao máximo. A primeira delas começa ainda em casa na escolha da roupa. Vejam: a rua é bem extensa e o conforto é essencial. Por isso, sempre recomendo que a mulherada vá com saia longa, pois facilita demais na hora de experimentar calças, shorts e vestidos. Pouquíssimas lojas têm provadores, então é normal provar a peça por cima da que você está vestindo, assim, no meio de todo mundo. Entretanto, não é todo estabelecimento que permite esse teste. 

Como eu procedia: olhava a vitrine e, se algo me chamasse a atenção, perguntava a qualquer vendedora se poderia experimentar por cima da roupa. Se ela recusasse, nem perdia tempo e já saía da loja. Jamais comprei algo sem verificar o caimento! Uma alternativa – caso você tenha se apaixonado por determinada peça – é comprá-la e procurar o banheiro mais próximo (o que pode ser difícil) para experimentar, já que normalmente os estabelecimentos fazem trocas de numeração.

Além da saia longa – sempre acompanhada de blusa justa –, outra opção de look para a Zepa é a calça de ginástica. O problema é que, ao vestir uma calça clara por cima, por exemplo, você pode não perceber se o tecido está transparente, marcando a lingerie e/ou a celulite. Por isso, ainda prefiro as saias, que me permitem observar todos os detalhes no corpo. Eu sempre ia na Zepa parecendo uma mendiga (kkkkkkkkkk), mas era o que funcionava para meu dia intenso de compras, afinal, eu tinha economizado para dar um up no guarda-roupa com peças que realmente ficassem legais.

Dica 2: dê uma boa olhada no seu armário e identifique as lacunas. Uma lista vai te guiar a não gastar por impulso. É normal se impressionar pelos preços baixos e sair pegando tudo pela frente, só que no final você terá um monte de itens aleatórios que não combinam com o que já possui – e daí terá que realizar novos gastos. Eu anotava minuciosamente o que estava precisando para multiplicar o uso do meu acervo. Isso ajuda muito a ter foco.

No dia das compras (costumava ir aos sábados), tomava um café da manhã reforçado e chegava na rua logo que as lojas abriam, às 8h. A maioria fica aberta até depois das 13h, então dá para andar bastante. Cheguei a ir algumas vezes durante a semana; a vantagem é que o comércio funciona até mais tarde (acho que entre 17h e 18h), porém muitos não vendem no varejo de segunda a sexta ou exigem um mínimo de compra.  

Próximo ponto importante: dê preferência ao pagamento em dinheiro. Não me sentia segura em passar cartão nos estabelecimentos, pois conheço pessoas que tiveram seus cartões clonados – e alguns nem aceitam este tipo de pagamento. Uma das minhas tias também foi roubada certa vez (por uma distração dela) dentro de uma loja. Levaram os cartões e documentos pessoais – ou seja, dor de cabeça na certa. Já o dinheiro vivo você ganha outro. De qualquer maneira, eu andava com a bolsa colada no corpo e levava o mínimo de itens pessoais possível. Sou neurótica, mas acredito que uma mulher prevenida vale por duas. Não dá para bobear em SP.

Sobre lojas, gostava da Cor e Cia. (número 179), pois revende a marca Seiki, e da Chaville (349) para comprar partes de baixo. Já o almoço era sempre no Kitutis (Rua Silva Pinto, 258 – uma travessa da Zepa), pois oferece buffet por quilo, com uma comida caseira e gostosinha. 

Ah, já estava esquecendo: nunca deixamos nosso carro na rua. Preferíamos pagar um estacionamento particular (por segurança) e assim não nos preocupávamos com a troca de cartões da Zona Azul. Basicamente é isso! Espero que todas essas dicas sejam úteis para quem quiser dar uma volta na rua e fazer comprinhas com bom custo x benefício!

Obs.: fotos feitas por mim em 2011.

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