Livro: A Parisiense

Lembram que comentei sobre os livros de Moda recém-adquiridos (revejam aqui)? Pois já devorei o segundo – A Parisiense, O guia de estilo de Ines de la Fressange.

A primeira impressão foi boa, pois a obra vem com uma fita que funciona como marcador de página – detalhe que faz a diferença e mostra carinho com o leitor.

A apresentação também é ótima. O papel tem maior gramatura que os livros normais. O layout das páginas é divertido (muitas vezes até infantil para o meu gosto), tem letras grandes, fotos e desenhos, então a leitura vai que vai (pra vocês terem ideia, li tudo – são 240 páginas – em uma noite).

De cara gostei do primeiro tópico, porque Ines fala sobre a importância de mesclar estilos e marcas, que ela define como um misto de Chique e Cheap (barato, em inglês). Nada de comprar conjuntinhos prontos nas lojas. A ideia é exercitar a criatividade com o que já se tem em casa.

Ela dá muitas dicas de looks para se inspirar (apesar de eu não gostar de fórmulas prontas), sugere peças essenciais no guarda-roupa feminino e incentiva a compra de acessórios, porque assim a mulher economiza nas roupas e ninguém vai notar!

Porém, eu discordei de boa parte do que a autora chamou de “pecados fashion”. Por exemplo: ela sugere que você, caro leitor, evite a combinação de azul marinho com amarelo porque parece logotipo de móvel sueco, no caso, da Ikea. Achei muito radical a pessoa atestar que uma cor não combina com outra – tudo depende de como você coordena as peças! Eu, por exemplo, amo essa dupla, pois o resultado é sempre inusitado.

Também fala para nunca usar camisetas coloridas, como verde ou vermelha, porque na visão da mulher parisiense (o que ela se considera) essas cores só funcionam para identificar as crianças na praia. Affff, que chatice isso!

Ines não gosta de excessos, como usar pulseira, anel, relógio, brinco e colar num mesmo look! Ok, eu respeito os gostos alheios e quem gosta de bancar a árvore de Natal e, sinceramente, acho que a autora deveria fazer o mesmo. Nas dicas de beleza, ela não recomenda o uso de cor-de-rosa nos lábios. Por que não???

Mas o pior para mim foi quando ela definiu como pecado fashion a combinação da cor da meia-calça com a do sapato (e da bolsa). Como assim? Tudo bem que a bolsa realmente não precisa ser igualzinha ao calçado, mas combiná-lo com a meia é um truque alongador da silhueta!

Com todas essas regras cheguei a achar que o livro era antigo, mas não: é de 2010! Em pleno século XXI falando isso...

Na verdade, eu disse que li a obra em uma noite porque pulei boa parte relacionada a Paris, como o guia de compras, endereços de decoração, dicas de programas imperdíveis (inclusive com crianças), restaurantes, spas e hotéis, afinal, não irei conhecer a Cidade Luz tão cedo...

Não vou dizer que me arrependi da leitura, pois nenhum livro é desperdício de tempo e dinheiro, somente esperava um conteúdo mais interessante e útil para meu guarda-roupa. Enfim, esta é a minha opinião!

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