Faxina no guarda-roupa e no estilo

Escrevi uma matéria especial para a coluna de Moda da Q! Revista deste mês! O objetivo é para incentivar todo mundo a fazer uma faxina no guarda-roupa de vez em quando. Para tanto, dou dicas de como praticar o desapego sem peso na consciência. Gostou do assunto e não tem acesso à revista? Pois confira abaixo o texto na íntegra!

"Quando foi a última vez que você fez uma bela faxina no guarda-roupa? Se a resposta é “2012” chegou a hora de colocar a mão na massa novamente. É fundamental dar uma boa olhada em tudo o que tem, a fim de tirar aquilo que não usa há pelo menos um ano (seja porque a peça não serve mais, porque está desgastada ou porque o caimento não favorece seu tipo físico). Sim, não usou em 12 meses dificilmente você vai querer vestir novamente. A exceção fica por conta das roupas de festa, que merecem uma tolerância maior.

Ao exercitar o desapego, você permite que o novo tenha espaço em sua vida e abre as janelas das oportunidades, além de doar a quem precisa. Você se sentirá muito melhor quanto ao papel que a roupa exerce em representar a sua identidade. De quebra ficará mais fácil detectar quais peças faltam para otimizar ainda mais o uso do que já possui. Aí, vale anotar tudo em uma listinha para ter foco nas futuras compras.

Eu compreendo que para muita gente é difícil se desfazer de algumas peças, porque o que vestimos tem história, valor sentimental. Porém, como uma profissional da área de Moda, minha postura é mais racional, objetiva e prática. E isso eu aplico na minha vida pessoal também.

Meu exemplo

Antes de me mudar para os Estados Unidos, fiz uma boa limpeza no meu closet e vendi quase metade do que eu tinha, pois sabia que não daria para trazer tudo e achava que nem iria usar diante do clima frio da nova cidade. Essa decisão exigiu um desprendimento e tanto da minha parte. Apesar de eu adquirir cada item com consciência (faço compras pensando se tem a ver com meu estilo e quais combinações ele poderá render), posso dizer que não sofri muito. 

Além disso, minha decisão tinha um propósito maior: montar um guarda-roupa que se adequasse a minha nova realidade, ao novo estilo de vida. Para isso é importante não ter pressa – a não ser que você tenha muito dinheiro para transformar o armário do dia para a noite. Pensa que você levou toda a sua vida para adquirir tudo o que tem hoje. Então, se quer evoluir, comece devagar, comprando poucas peças mês a mês. A cada temporada, escolha no que vai investir pesado: roupa, calçados, acessórios... Você vai ver que revolução fará no período de um ano. 

Atitude!

A mudança só depende de você. Mas, se ao olhar aquele monte de peças retiradas do armário você sentiu uma pontada de dúvida, aqui vai mais uma dica: guarde-as em um local não tenha acesso frequente (por exemplo, uma mala). Se dentro de seis meses você não se lembrar de nada do que estava ali é sinal de que não te faz falta mesmo. Então não tem mais desculpa: doe, troque ou venda, pois energia estagnada é atraso de vida.

O fundamental é ter sempre em mente que armário lotado não significa boas opções de looks... Guarda-roupa bom é guarda-roupa versátil!"

Comentários

Postar um comentário