Era uma vez uma saia de renda

Feriadão por aqui hoje (Dia do Trabalho) e eu quero mais é aproveitar este final de semana prolongado, mas antes vim compartilhar a despedida da minha saia de renda midi. Sim, estou sentida de fazer este post. Nem poderia imaginar que seria o último look dela quando decidi fotografá-lo, na semana passada. Estava me preparando para uma consulta médica e achei que valia o registro, então com o auxílio de um tripé conseguir fazer algumas fotos (marido-fotógrafo estava trabalhando).

Horas depois, já de volta a minha casa, estava sentada no chão da sala quando, ao me levantar, só escutei aquele barulho de... roupa rasgando! Olhei pra baixo e percebi que tinha destruído toda a renda com o joelho! Não acreditei que pela segunda vez rasguei uma peça de roupa por ser extremamente estabanada! Afffffff, que tristeza, porque eu nem sei explicar como consigo fazer tais movimentos...

Pois o post é uma homenagem póstuma à saia. Ela era a protagonista do look, com sua meiguice em tom lilás e elegância no comprimento midi. A renda rica e delicada tornava-a ainda mais especial.

Decidi montar um visual apostando na proposta hi-lo, ou seja, uma peça mais sofisticada e outra mais básica. A escolhida foi a regata cinza mescla, que me lembra pijama – algo bem simples mesmo, para fazer um contraponto à saia. Gostei bastante do mix de texturas, pois modernizou a produção. Detalhe que normalmente eu colocaria a regata por dentro da saia (meu lado clássico falando mais alto, a fim de deixar tudo mais polido), mas achei que por fora ficou melhor, inclusive para equilibrar o tamanho do tronco com as pernas.

Nos pés, uma sandália abotinada para trazer mais peso ao look – e nada melhor do que uma estampa de cobra (que já é figurinha carimbada aqui no blog). Não sei se vocês sabem, mas a cobra simboliza a ideia de renovação (a troca de pele é a responsável por esta associação), a sabedoria (está associada a Esculápio, o deus da Medicina na mitologia greco-romana), além da proteção, pois este animal tem tal referência em muitas culturas e lendas. Aprendi isso com a querida professora Ana Vaz.

A “pitada” de estilo veio com o colar de dragão, cujo símbolo é ambivalente: criativo e destruidor. Por ser comprido, o colar contribuiu para guiar o olhar na direção vertical (truque alongador de silhueta), criando um ponto focal abaixo da linha do busto (o que favorece meu tipo físico). Lembrem-se sempre de que acessórios têm como objetivo valorizar a região onde são colocados, chamando a atenção para tal área e assim disfarçando outros pontos do corpo.

O primeiro look que fotografei com a saudosa saia de renda estava mais divertido por conta da camisa xadrez:

Então esta foi a segunda e última vez que vocês viram a peça aqui no blog. Acredito que não tem conserto, porque a barra era justamente os bicos da renda. Não faz sentido costurá-la e deixá-la reta. Quem sabe agora aprendo, de uma vez por todas, a ser mais cuidadosa... =(

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