Mudança de hábitos: reduzir os xenobióticos do dia a dia

A Adriana Regina, nossa querida colunista de Nutrição, está de volta com um post importante – que serviu até como um puxão de orelha pra mim, kkkkk! Confira as dicas de hoje para melhorar a sua qualidade de vida e saúde:

Olá, leitora! Falar sobre alimentação saudável envolve inúmeros aspectos e neste mês o assunto é contaminação por xenobióticos.

Xeno o que? Xenobióticos são substâncias químicas ou moléculas estranhas ao nosso organismo provenientes de medicamentos, alimentos industrializados, drogas, agentes ambientais que contaminam a água e o ar, inseticidas, metais tóxicos, entre outros. As toxinas geradas por essas substâncias podem criar irritação e/ou efeitos danosos em um organismo, reduzindo a vitalidade e o funcionamento orgânico de um indivíduo. 

Essas substâncias se acumulam no tecido adiposo e órgãos (fígado, cérebro, pulmão, rins e intestino) e suas ações combinadas podem levar desde reações imunológicas como o desenvolvimento de doenças: reações alérgicas, doenças autoimunes, danos ao DNA – câncer, risco para doenças neurológicas, hiperatividade e distúrbios do aprendizado na infância, desequilíbrios hormonais, obesidade, alteração da microbiota intestinal.

É claro que não vamos viver numa bolha para evitarmos o contato com essas substâncias nocivas, mas podemos identificar os xenobióticos que fazem parte do nosso dia a dia alimentar e diminuir os fatores que elevam o risco de contaminação por essas substâncias tóxicas ou antinutrientes. Preste atenção no uso exagerado desses alimentos:
  • Que contenham Gordura trans;
  • Alimentos processados/prontos ou semiprontos;
  • Farinha branca e açúcar;
  • Sal comum (em excesso);
  • Carnes assadas em carvão (churrasco);
  • Bebidas alcoólicas;
  • Corantes artificiais (ex. tartrazina, vermelho eritrosina, corante caramelo);
  • Conservantes (ex. nitrato de potássio ou de sódio, BHA, BHT, entre outros);
  • Realçadores de sabor (ex. glutamato monossódico);
    Adoçantes artificiais: sacarina, ciclamato, aspartame e acessulfame de potássio.

A frase de hoje é: PREVENIR É MELHOR QUE REMEDIAR!

Proposta de Mudança 4: identificar e diminuir a exposição tóxica aos xenobióticos alimentares
  • Prefira alimentos orgânicos quando possível;
  • Os alimentos mais contaminados por agrotóxicos, segundo a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), são: pimentão, morango, pepino, alface, cenoura, beterraba, couve e mamão. Se possível, troque esses mais contaminados pelos orgânicos;
  • Desconfie de legumes muito grandes, pois podem ser resultado de adubação e estimulantes artificiais;
  • Diversifique o consumo de hortaliças e frutas;
  • Prefira a compra de verduras e frutas da época;
  • Procure sempre descascar as frutas, em especial as laranjas, os pêssegos e maçãs. Alguns resíduos de agrotóxicos repousam nas cascas;
  • Retire folhas externas de verduras que, em geral, concentram mais agrotóxicos cascas;
  • Dê preferência aos produtos nacionais e de sua região;
  • Não compre alimentos expostos à poluição dos automóveis em barracas na rua; 
  • Escolha alimentos animais com baixo teor de gordura (nessas partes dos animais há maior concentração de resíduos químicos tóxicos). Retire o excesso de gordura das carnes frangos e peixes;
  • Reduza o consumo de fígado e vísceras; 
  • Escolha laticínios com baixo teor de gordura, como leite desnatado e queijos magros (os de coloração branca).

Procedimentos no Armazenamento e Preparo de Alimentos
  • Fique atento à forma como você acondiciona e prepara sua alimentação. Como eu já disse, não fique preocupada em mudar radicalmente de uma só vez, mas se programe para reduzir a exposição. 
  • Retire alimentos como carnes de suas embalagens plásticas e ponha-os em outro recipiente (cerâmica ou vidro);
  • Evite congelar os alimentos em embalagens plásticas. Prefira vidros;
  • Nunca aqueça alimentos em embalagens plásticas no microondas, principalmente alimentos gordurosos, pois estes compostos químicos são lipossolúveis e migram para esses alimentos. Não os coloque depois de aquecidos em recipientes plásticos ou metálicos;
  • Reduza a compra e o armazenamento de alimentos salgados, ácidos ou gordurosos em embalagens plásticas ou de alumínio. Procure transferi-los rapidamente para outras embalagens de vidro ou porcelana;
  • Evite cozinhar em panelas de alumínio e descarte panelas antiaderentes que estiverem arranhadas. As panelas mais recomendadas são as de cerâmica, vidro, pedra sabão e aço inox. Faça uma faxina nas panelas velhas – elas podem até fazer comida boa, mas estarão cheias de metais pesados!

Dica de ouro: aumente o consumo de couve, salsinha/cebolinha/coentro, manjericão, brócolis, repolho, agrião e rúcula. As substâncias presentes nesses alimentos aumentam a atividade detox do fígado e o ajuda a eliminar do seu corpo as toxinas.

Receita de cubo verde
Higienize um maço de couve e hortelã (orgânicos). Você pode incluir salsa, agrião ou rúcula. Pique, retire o excesso do talo grosso e coloque no liquidificador com um pouco de água. Triture aos poucos até virar um suco grosso. Coloque em uma forminha de gelo de silicone e leve para congelar. Utilize no seu suco diário!

Bom, pense em como você pode melhorar o futuro com ações importantes hoje. E isso não é uma regra só para alimentação né?! É um direcionamento para a vida. Beijos e até a próxima!

Importante: as informações fornecidas não são individualizadas; portanto, um nutricionista deve ser consultado antes de se iniciar uma dieta. O artigo acima expressa a opinião da autora e as imagens foram extraídas da internet. Para contato, o e-mail é: vitalidade.positiva@ig.com.br.

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